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Rito de dedicação da Cripta da Basílica da Medianeira

Na última terça-feira, dia 20 de dezembro, foi realizada na Missa das 18h a dedicação do novo altar da Cripta da Basílica de Nossa Senhora Medianeira. O altar é o centro de uma igreja: nele se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais e, ao mesmo tempo, a mesa do Senhor, da qual o povo de Deus participa.


Feito de matéria digna e sólida, o altar recebeu no começo do rito as relíquias dos Beatos Manuel e Adílio, martirizados na cidade de Três Passos, Rio Grande do Sul, no século XX. Esses santos que testemunharam sua fé até a morte, uniram-se pelo martírio à cruz de Cristo e agora participam de Sua mesa celeste. O povo de Deus reunido realiza esse ato da deposição das relíquias pedindo a intercessão de todos os Santos, que viveram com perfeição o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.


A prece de dedicação que se seguiu percorre a história da Salvação, recordando os Patriarcas Noé, Abraão e Moisés, que edificaram altares para oferecer um sacrifício agradável a Deus no Antigo Testamento. Esses altares prefiguram o altar da cruz, onde Cristo entregou-se como oblação pura para estabelecer a nova e eterna aliança entre o Pai e a humanidade. Do altar, como o lado aberto de Cristo em que brotaram os sacramentos da Igreja, nasce a comunhão com o Corpo e o Sangue do Filho e a concórdia entre os irmãos reunidos em torno Dele pela caridade.


Os ritos que se seguiram foram a unção, a incensação, o revestimento e iluminação do altar, expressando a dedicação, isto é, a consagração dele unicamente para Deus. O Óleo do Crisma é derramado sobre o altar nas cinco cruzes entalhadas, que recordam as cinco chagas de Cristo, e, a partir delas, o Arcebispo espalha por toda a superfície do altar. A unção com este óleo perfumado significa a força de Deus e a santificação do altar pela ação do Espírito Santo.


Em seguida o incenso é queimado sobre o altar, simbolizando a oração dos fiéis que sobe diante da face de Deus em adoração, comunicando também à Igreja o suave odor da Santidade de Cristo. Então, por fim, é feita a ornamentação com a toalha do altar e as velas. O branco recorda a vida nova em Cristo, que pela sua morte e ressurreição garante-nos a graça batismal, assim como também a luz nos lembra a chama da fé que brilha em nossos corações.


A aliança selada na cruz é perpetuada então em todos os altares da terra, onde se celebra a Eucaristia, ápice da vida cristã, para a qual todos os sacramentos convergem.




Por Gustavo Marconato

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