Em uma parceria entre a Universidade Franciscana (UFN) e o Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira, uma homenagem aos 80 anos de devoção a Nossa Senhora Medianeira está sendo realizada na instituição, com uma exposição no Hall da Reitoria, a partir do dia 04 de abril.
“É muito importante que a comunidade perceba o valor da arte religiosa, do patrimônio da igreja, da Arquidiocese. Com isto, saiba crescer no aspecto de cultura e de reconhecimento dos materiais que expressam a arte religiosa, a arte sacra, e que assim possamos contribuir também como universidade para a elevação e expansão desse aspecto”, afirma Iraní Rupolo, reitora da UFN.
As peças históricas em exposição fazem parte do acervo do Memorial da Medianeira, criado em 2005 para homenagear o Padre Ignácio Rafael Valle, precursor na devoção a Nossa Senhora Medianeira, em Santa Maria. Alguns dos itens começaram a ser tratados, em 2022, por integrantes de um projeto de extensão do curso de História da UFN.
“Surgiu a iniciativa de recuperar (as peças) para uma futura exposição (Memorial da Medianeira) dentro do Parque da Medianeira. Enquanto estamos nos preparando para isso, surgiu a ideia de expor aqui na UFN para que as pessoas visualizem todo o trabalho que está sendo pela equipe, que se dedica muito para mostrar o que está sendo preservado e cuidado com muito carinho”, explica o Padre Cristiano Quatrin, reitor do Santuário Basílica Nossa Senhora Medianeira.
O projeto de extensão do curso de História da UFN, responsável pela restauração dos materiais, é coordenado pela professora Roselâine Casanova Corrêa e conta com seis bolsistas atualmente, além de quatro que já auxiliaram em momento anterior (Benhur Beck dos Santos; Cassiano da Rosa Chaves; Gabriel Dutra Villalba; Thales Gabriel da Cruz Barrozo; Leonardo Maciel Molinari; Rochester Soares de Lima; Camila Devitte Fontes; Luana Franco Aurelio; Cícero dos Santos Lorena e Robson Pereira da Rosa).
“Trabalhamos a higienização dessas peças que constituem os mais variados tipos de coleções, como têxtil, vidro, pedra, madeira e papel. Mas, esse é um trabalho dos bastidores. O nosso desejo sempre foi trazer para a exposição e socializar. É importante uma instituição Franciscana poder abarcar uma exposição dessa magnitude”, destaca Roselâine.
O acervo do Memorial da Medianeira é gerido pela coordenadora do Conselho Pastoral Paroquial, Débora Bichler Duval Braga. Ela entende que a parceria entre a UFN e a Basílica é fundamental para resguardar acontecimentos marcantes para a cidade.
“Foi desenvolvido desde a higienização das peças até os registros e o acondicionamento das peças para depois chegar aqui. A exposição não somente conserva essas peças, mas preserva também a historicidade tanto do Santuário Basílica da Medianeira quanto de Santa Maria”, indica Débora.
No acervo, estão expostos, por exemplo, imagens de padroeiras trazidas por diferentes arcebispos que vieram a Santa Maria durante a Romaria da Medianeira. Segundo Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo Metropolitano de Santa Maria e chanceler da UFN, quem iniciou essa tradição foi Dom Ivo Lorscheiter.
Dentre algumas imagens do acervo citadas pelo Arcebispo, estão a Virgem de Lujan, da Argentina, a Virgem dos Trinta e Três, do Uruguai, e o quadro de Nossa Senhora da Saúde, padroeira de Veneza, na Itália. A última, inclusive, foi trazida a Santa Maria, em 1975, por Albino Luciani, que mais tarde tornou-se Papa João Paulo I.
“Fazer memória desses 80 anos é reconhecer uma história que foi se consolidando como a maior devoção mariana do estado do Rio Grande do Sul. (Na exposição), é possível perceber a história, a cultura e até a geografia da festa. Acho que as novas gerações precisam conhecer essa herança (porque) se perdermos essa memória, não saberemos mais quem somos”, salienta Dom Leomar.
Visitação
A exposição pode ser visitada de forma gratuita de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 18h30min, sem fechar ao meio dia, no Hall da Reitoria da UFN.
Divulgação: Com informações da Assessoria de Comunicação (ASSECOM)
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