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Núncio Apostólico virá a Santa Maria entregar o Pálio Arquiepiscopal a Dom Leomar Antônio Brustolin

Atividade marca a primeira vinda do Núncio Apostólico, excelentíssimo Dom Giambattista Diquattro, ao Rio Grande do Sul.

Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria, receberá do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, o sinal de sua unidade com o Santo Padre, o Papa Francisco. O pálio, semelhante a um colarinho de lã branca com cruzes pretas, representa a ovelha carregada pelo pastor, sinal da missão pastoral em comunhão com o Romano Pontífice. Essa tradição na Igreja católica ocorre desde o século VI.

A Celebração acontece no dia 21 de abril, quinta-feira, às 10 horas, na Basílica da Medianeira. A missa será transmitida pelas Redes Sociais da Arquidiocese e pelo Sistema Medianeira de Rádios.


Presenças das paróquias e da Província Eclesiástica

A missa contará com a presença de diversas autoridades eclesiásticas, civis, militares e acadêmicas. Além da representação dos fiéis católicos das 39 paróquias, dos 26 municípios que constituem a Arquidiocese de Santa Maria, devem estar presentes bispos, clero e representantes das dioceses sufragâneas a Santa Maria: Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo, Cruz Alta e Cachoeira do Sul.


O Pálio

Derivado do latim pallium, significa manto de lã. É uma insígnia litúrgica usada pelo Papa e pelos arcebispos. É uma espécie de colarinho de lã branca, com seis cruzes bordadas em lã preta que recordam as chagas de Cristo. Possui uma volta no centro e quando visto da parte dianteira ou traseira se assemelha à letra Y.

É confeccionado com a lã de dois cordeiros, criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, em Roma. E, desde 1644, estes são abençoados pelo Abade na Basílica de Santa Inês, no dia 21 de janeiro, festa de Santa Inês. Os pálios são tecidos e costurados pelas monjas do convento romano de Santa Cecília, e são guardados junto ao túmulo de São Pedro na Basílica Vaticana até o dia 29 de junho, solenidade de São Pedro e São Paulo, quando são entregues aos arcebispos nomeados no ano anterior.


A entrega ocorre pela primeira vez em Santa Maria

Em 2015, por decisão do Papa Francisco, houve uma alteração na entrega do Pálio. A partir de então, a veste passou a ser apenas entregue no Vaticano, mas não mais colocada pelo Papa. A imposição do Pálio aos novos Arcebispos passou a ser realizada nas respectivas Arquidioceses de origem pelas mãos dos Núncios Apostólicos locais.

Na festa de São Pedro de 2021, o Papa Francisco abençoou os pálios na Basílica de São Pedro em Roma, mas devido à pandemia, os arcebispos brasileiros não puderam comparecer. Os pálios abençoados foram enviados à Nunciatura Apostólica no Brasil.

Pela primeira vez na história, esta celebração ocorrerá em Santa Maria, pois Dom Hélio Adelar Rubert recebeu o pálio em 29 de junho de 2011 em Roma, pelas mãos do então Papa, Bento XVI.


O Núncio Apostólico

Um núncio apostólico é um representante diplomático permanente da Santa Sé que exerce o posto de embaixador. Representa a Santa Sé perante os Estados e perante a Igreja local.

Costuma ter a dignidade eclesiástica de arcebispo. O Núncio reside na Nunciatura situada em Brasília, no setor das embaixadas diplomáticas. No Brasil, o núncio papal tem precedência protocolar sobre o resto dos embaixadores. Ele é o decano do corpo diplomático. Desde 1808 o Brasil conta com um Núncio.


Dom Giambattista Diquattro

Nasceu em Bolonha - Itália, em 18 de março de 1954. Foi ordenado sacerdote em 1981. É mestre em Direito Civil pela Universidade de Catânia, doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, e mestre em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana, ambas em Roma.

Em 2 de abril de 2005 recebeu a nomeação para núncio apostólico no Panamá e em novembro de 2008 passou a ser núncio na Bolívia. Em janeiro de 2017, foi nomeado núncio apostólico na Índia e no Nepal. Em 29 de agosto de 2020, passou a ser o Núncio Apostólico no Brasil.

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